Temas

Musica Ilhavo Recreativo Ilhavo Antigo Ilhavenses Ilustres Lugares Costa Nova Carnaval Religiao Curiosidades Colegio Illiabum Personalidades Bombeiros de Ílhavo Professores Jornais
João Marques Ramalheira
In "Canção do Mar"
Falar de Ílhavo, é falar do mar - do seu sussurro, da sua canção cujo eco se repercute pelos séculos além. Ílhavo e o mar andam tão unidos como o perfume às rosas e a inquietação à alma humana!
pangelo

Anterior

O Clero noutros tempos...

As Marchas dos Anos 60

Temas:  #Marchas

1952

Dos registos que conhecemos, a primeira marcha que saiu à rua em Ílhavo, data de Junho de 1952. A organização coube ao Illiabum Clube e da sua sede na Rua Direita, desfilaram os pares até ao antigo mercado, onde a festa se realizou no seu interior. A letra e música foi de autoria de João Marques Ramalheira e mais tarde, a Música Velha chegou a tocá-la no seu reportório. Houve concurso de trajes, sendo vencedoras Maria José Violante Pelicas e Maria Clementina Gomes Senos, como tricanas antigas. Houve também concurso de quadras populares, sendo premiados João Marques Ramalheira (prémio de mérito) e Fernando de Pinho, e Maria Adelaide Gonçalves Cerqueira (prémio popular). Foi designada como Marcha Illiabum.

Música Velha

Maria Helena Pessoa


1966

Apresentaram-se 6 marchas: Gafanha da Boa Vista, Vale de Ílhavo, Rio Pereira, Alqueidão, Cimo de Vila e Malhada e, sem concorrer, um Grupo Infantil do Bairro dos Pescadores. A organização esteve a cargo do Illiabum Clube. O desfile foi na então Avenida Marachal Carmona e no Pavilhão do Illiabum, dia 24 de Junho e as receitas reverteram, igualmente, para o Illiabum Clube e respectivas marchas. O júri era composto por Duarte Simão, João Santos Silva e Sebastião Amaral, de Aveiro. Saiu vencedora a Marcha de Alqueidão, logo seguida da Marcha da Malhada.


A Marcha Geral teve música de Armando da Silva e poema de João Marques Ramalheira:

Fugi da rusga, descrente

Pus-me a teu lado, a preceito

Não há fogueira mais quente

Do que o calor do teu peito


Cimo de Vila teve música de João Carlos Franco e poema de Adamastor da Silva:

Pois esta marcha

Ai é de Cimo de Vila

Com seu encanto

Graça, luz e alegria

Um mangerico

Alcachofras e um balão

É rendição

A S. João


Alqueidão com música e letra de João Marques Ramalheira:

Alqueidão ó linda rua

Onde mora o meu amor

És namorada da Lua

Tens graça, perfume e cor


Vale de Ílhavo com música de Manuel Graça e letra de João Marques Ramalheira

Temos azenhas saudosas

A relembrar o passado

E padinhas saborosas

Que parecem pão sagrado


Rio Pereira com música e letra de Mário Gomes da Costa:

Viva o Rio Pereira

Não há sítio igual

Freguesia de Ílhavo

Da Beira Litoral


Malhada com música de Manuel da Graça e letra de João Carlos Ribeiro:

Malhada c'oas suas redes

Navegantes a trabalhar

Inspirados todas as vezes

Vão alegres e a cantar


Gafanha da Boavista com música de João da Madalena e letra de João dos Santos Morais:

Cantemos com alegria

P'rá animar o coração

Vamos todos p'rá folia

Que é noite de S. João

1967

Neste ano participaram as marchas de Rio Pereira, Malhada, Cimo de Vila, Alqueidão e por gentileza, uma marcha de Vagos. O desfile foi na antiga Avenida Salazar e a organização esteve a cargo dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo e Câmara Municipal. Ao contrário do ano anterior, não houve concurso. Recordamos ainda, que já perto do final, cerca das 3 da manhã, começou a chover torrencialmente, provocando a debandada geral.

Rio Pereira com música de Luís Nunes e letra de Mário Costa:

S. João és nosso guia

Não nos queiras abandonar

Pois és a nossa alegria

Corações a palpitar


Malhada com música e letra de Manuel Paião:

Oh raparigas jeitosas

Da marcha cá da Malhada

Vós sois um ramo de rosas

Numa manhã orvalhada


Cimo de Vila com música A. Vieira da Silva e letra de Adamastor da Silva:

Vai feliz a nossa rua

Cheia de luz e encanto

Tem a graça e a frescura

Da N.S.ª do Pranto


Alqueidão com música de Armando da Silva e letra de João Marques Ramalheira:

Tremula o balão

Fogueira crepita

Nosso coração

Já de amor palpita

1968

Este ano, a organização pertenceu à Filarmónica Ilhavense, com exibições na rua e no Pavilhão. Desfilaram as marchas de Alqueidão, Malhada, Rio Pereira e Marcha Infantil de Cimo de Vila.

Cimo de Vila com música do ano anterior (A. Vieira da Silva) e letra de António Caramonete Pereira. Foi ensaiador Hilário Teles:

S. João se adivinhasse

Tudo o que a gente tem

É natural que ficasse

Até ao ano que vem


Malhada com música de Manuel Paião e letra de Eduardo Damas. Foi ensaiador Severino Vieira:

Olha a marcha da Malhada

Com balõezinhos de cor

Que parecem corações

Num bata-bate de amor


Rio Pereira com música de autor anónimo e letra de Mário Costa, também ensaiador:

Nesta noite de folia

Tem a maior alegria

O bairro sem ter igual

Rio P'reira dos amores

É um canteiro de flores

Do jardim que é Portugal


Alqueidão com música de Armando da Silva e letra de João Marques Ramalheira. Ensaiou António Julião:

Toda a gente diz e sente

Que a noite de S.João

Seria um sonho sómente

Sem a marcha de Alqueidão

1969

Este ano apenas desfilaram três marchas, Rio Pereira, Alqueidão e Malhada com exibições na rua e no Pavilhão, onde assistiu o Governador Civil de Aveiro, Capitão do Porto e outras individualidades.

A Marcha Geral teve música de João da Madalena e letra de Adamastor da Silva:

Há sorrisos, alegria

Nestas noites de luar

Que embalam os nossos corações

Chamas que sempre perduram

Nesta vida cheia d'ilusões


Rio Pereira com música de João da Madalena e letra de Silva Peixe:

Cantemos todos em coro

Anda meu par não te cales

Se queres ser meu namoro

Tu sabes bem onde moro

Espera e não te rales


Alqueidão com música de Armando da Silva e letra de João Marques Ramalheira. Foi o ano da despedida desta dupla de compositores:

Dei-te um cravo, desfolhou-se

Dei-te um balão, mas ardeu

Tornou-se cinza o que trouxe

Só teu amor se acendeu


Malhada com música de Manuel Paião e letra de Eduardo Damas:

Leva luzes, leva versos

Que vão pelo ar dispersos

Na noite de S.João

A Malhada anda na berra

É a voz da nossa terra

Que nos sai do coração










Próximo

Os Festivais da Canção do Il(...)